sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Brindes tecnológicos viram tendência de mercado

Os produtos estão cada vez mais sofisticados para acompanhar as mudanças no comportamento dos consumidores.

Empresários apostam em brindes tecnológicos para atender ao mercado. Agora, os brindes para agradar, além de qualidade, esnobam em inovação.

Uma ímã de geladeira dispensa o papel para deixar recado. Ele é um aparelho que grava, reproduz voz e a imagem, como se fosse uma TV.

O empresário Jeferson Vieira apostou em tecnologia. Ele está no mercado de brindes há 20 anos. Hoje, ele importa da China itens como mini aspiradores de teclado, TV digital e chaveiros pen drive. Com investimento em tecnologia, o empresário aumentou o faturamento em mais de 50%.

“A margem de lucro varia entre 9 a 17% e depende dos modelos, dos produtos, da variação de aceitação do mercado”, diz Jeferson.

Os artigos são de qualidade e cheios de inovações, há chaveiros que viram caixinhas de som. O empresário deve recuperar o investimento até o final do ano. Para isso, conta com uma lista de 20 mil clientes cadastrados.

São mais de 2 mil opções de brindes entre os tradicionais e os mais sofisticados. Para ganhar mercado, a empresa aposta na exclusividade. Atualmente, brindes que se destacam pela tecnologia já representam 50% das vendas.

Um mp3 em formato de Squeeze custa R$ 280. O pen drive a prova d’água é mais barato, R$ 40. Esse é o carro-chefe de vendas, são cerca de 4 mil unidades por mês.

“O mercado tinha um aumento de 50% no final do ano. Agora, por conta de vários eventos, congressos durante o ano tiveram um aumento muito grande. Esse aumento das vendas permanece durante o ano inteiro”, diz Jefferson.

Para atender à demanda crescente, 30 funcionários trabalham no escritório e na linha de produção. Lá, as peças são personalizadas com maquinários modernos e a gravação a laser é simples e fica pronta em segundos.

Por fim, os produtos são embalados. Mais da metade dos clientes é do mercado corporativo.

“A estratégia é trabalhar com produtos diferenciados. Buscar novidades, inovações totalmente exclusivas”, garante o empresário.

O empresário Julio Landmann é um dos clientes da empresa de brindes. Quatro vezes por ano, ele encomenda os produtos tecnológicos. No último pedido, gastou quase R$ 4 mil em pen drives personalizados.

“Virou um objeto de desejo. Está sendo muito procurado, eu acho que foi uma escolha excelente nossa e vamos ficar agora nessa área mais tecnológica. Parece ser um diferencial importante”, comentou Julio Landmann, cliente.

Já o empresário Luciano Bigarelli está no mercado de brindes há 15 anos. Ele começou a trabalhar com a linha tecnológica há quatro anos. Para crescer, a estratégia dele foi terceirizar a produção. Com a mudança o empresário reduziu 40% dos gastos.

“O que nós tínhamos de funcionários internos e maquinário, nós repassamos todo esse serviço pra fora onde a gente tem essa vantagem que a gente pode oferecer ao cliente de redução de custo e atendimento em até 24 horas de todos os produtos”, diz ele.

Para montar uma empresa de brindes o investimento inicial é de R$50 mil. O valor inclui a importação de produtos e a personalização.

O empresário Luciano tem estoque de mp3 e mp4, mini mouse wireless, chaveiro bafômetro e pen drive estilizado. A peça é em acrílico no formato do produto do cliente. O preço médio é de R$ 50 a unidade.

Em sua empresa ele faz cerca de 500 orçamentos por mês. Ele tem sete funcionários, e para aumentar as vendas, faz promoções.

“No último trimestre do ano é onde a gente ganha no volume. Onde a gente investe mais num preço competitivo, baixamos o preço pra gerar um volume de vendas e poder atender todo mundo”, explica Luciano.

Com os brindes tecnológicos, as vendas da empresa cresceram 70%. O faturamento médio é de R$ 150 mil por mês. A divulgação é feita em revistas especializadas e sites. O empresário usa a internet como uma ferramenta para conquistar clientes de graça.

“A gente usa muito o sistema de envio de newsletter, com promoções pros clientes cadastrados, e as mídias sociais. As mídias sociais correspondem hoje a 50% do nosso faturamento, o que além de tudo é grátis. Não tem um investimento mensal de patrocínio em propagandas”, diz ele.

Denise Sousa Medeiros é cliente de Luciano Bigarelli. Ela tem uma loja de informática e gasta até R$ 50 mil cada vez que faz encomenda. Para Denise, o negócio vale a pena porque fideliza o cliente.

“A tecnologia é o mundo dele, então nada como presenteá-lo com aquilo que ele trabalha no seu dia a dia. Que ele usa né?”, diz Denise.

O setor de brindes registrou um faturamento de R$ 4, 5 bilhões no ano passado. Luiz Salvador, organizador da maior feira de brindes do país, acredita que o setor vai fechar 2010 com crescimento de 10 a 12%. E os itens tecnológicos representaram 25% dos negócios.

“O pen drive, mp3, mp4, esse gravador de mensagens são as coqueluches do momento”,diz Luiz Roberto.


Máquinas que custam pouco rendem bons lucros para o comerciante

Elas são baratas e de fácil operação, como as máquinas que fazem crepe e algodão doce.



Dica de negócio: as maquininhas de alimentação são uma boa opção para quem quer começar uma pequena empresa. Elas são baratas e de fácil operação, como as máquinas que fazem crepe e algodão doce.

Os empresários Ademir Ferrari e Anderson Bonetto fabricam a máquina de crepe e de algodão doce, há cinco anos. Eles partiram de uma necessidade de mercado e desenvolveram equipamentos pequenos, leves e práticos.

“Nós tínhamos máquinas muito grandes, pesadas onde não existia nenhuma portabilidade. Era muito difícil de as pessoas transportarem. Então, tentamos simplificar reduzindo o peso e o tamanho o quanto fosse possível. E também eliminando possíveis dificuldades de trabalho”, conta Ferrari.

A máquina de crepe é feita em modelos para seis ou 12 unidades. Preço: de R$ 370 a R$ 600. Já o modelo mais barato da máquina de algodão doce custa R$ 550. O mais caro, de aço inox, sai por R$ 750.

Para montar a fábrica, os empresários investiram R$ 70 mil. Compraram dobradeira, ferramentas e fizeram estoque. Parte da produção é terceirizada. Eles fabricam as placas eletrônicas e montam os equipamentos.

“Foi um grande desafio. Nós tivemos um trabalho junto aos nossos fornecedores no sentido de reduzirmos o tamanho do motor. É bem menor, quase metade do que existia tanto em tamanho como em peso. Hoje você pode verificar que ele cabe praticamente na palma da mão e pesa apenas quatro quilos”, explica Ferrari.

A empresa produz 200 unidades de cada máquina por mês. De junho a outubro, a procura dobra, por causa das festas juninas, Dia da Criança e Natal.

“É um produto de fácil transporte, baixa manutenção. É um produto muito resistente. Qualquer pessoa opera o produto”, garante Bonetto.

Os equipamentos geram oportunidades de negócio com baixo investimento. É o caso da empresária Jô Fernandes.

Um ponto que é uma portinha e tem apenas um metro de frente. É pequeno, mas bem localizado. Fica em frente a um colégio. No intervalo das aulas, os alunos têm 15 minutos para fazer lanche. É muita gente em curtíssimo tempo. Para atender a esse consumidor relâmpago, a empresária Jô está preparada. Ela e suas seis máquinas de fazer crepe.

Chega o intervalo. É hora de movimento e a empresária não para. O crepe sai em menos de três minutos. Jô vende 80 crepes por dia.

”É bom porque está sustentando a minha família. A partir do momento que eu comecei a trabalhar com isso eu não precisei fazer mais nada. Só o crepe”, conta.

A empresária montou o negócio em 2008. Investiu R$ 20 mil. Alugou o espaço e reformou. Comprou geladeira, balcão, vitrine e as máquinas de crepe.

A empresária também oferece pão de queijo, salgados, sanduíches e bebidas. Mas os crepes representam 70 % das vendas. Jô começou com três sabores e foi inventando outros. Chocolate, pizza, doce de leite. Hoje são 33 sabores. Uma estratégia para ninguém enjoar do produto.

“Eu faço o teste. Mando algumas pessoas experimentarem para ver se ficou legal. Se dá certo, eu coloco. Se não, eu deixo de lado e tento de novo”, afirma a empresária.

Para a empresária, o produto tem três características que garantem o sucesso: é prático, rápido e barato. Ela capricha no recheio e não corta as bordas, para encher os olhos do consumidor.

“É uma comida ‘fast food’. A gente consegue na rua a qualquer hora. O dela é superbem feito. A gente sempre come aqui com ela”, diz o cliente Henrique Vitorino.

Algodão doce lucrativo
O algodão doce tem altíssima margem de lucro. A matéria-prima é apenas açúcar. Em uma máquina ele é aquecido e gira em movimentos muito rápidos, o que provoca a incrível expansão de tamanho.

A máquina de algodão doce trouxe lucros para o empresário Samuel Baleeiro.

Investimento no negócio: R$ 1mil, para comprar o equipamento e matéria prima.

“Algodão doce é um produto antigo, todo mundo já conhece há muitos anos, as pessoas gostam. Compram para os filhos ou até para matar a saudade”, comenta Baleeiro.

Cada algodão doce é vendido a R$ 2, mas se a gente reduzir o produto ao custo da matéria-prima, representa muito pouco, 15 centavos, ou, um punhado de açúcar. O empresário mistura corante ao açúcar para chamar a atenção e vender mais.

“No começo a gente fazia só o algodão branco. Depois nós desenvolvemos essa técnica de colorir o produto. Com a coloração, a gente conseguiu dobrar as vendas e obter mais resultados”, garante o empresário.

Samuel Baleeiro também organiza festas. Leva touro inflável, balão, palhaços e algodão doce. Ele faz 12 eventos por mês e cobra R$ 800 pelo serviço. Uma rede de farmácia contratou a empresa para uma festa de inauguração. E foi um sucesso. A criançada se lambuzou com o algodão doce.

“Meus planos são: expandir cada vez mais e conquistar cada vez mais clientes para ser um futuro grande empresário”, aposta.

“Há uma procura muito grande de algodão doce e crepes em festas e portas de escola. A gente percebe em todos os locais uma procura bastante grande por esses produtos”, ressalta o empresário Ademir Ferrari.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

DESAFIO SEBRAE em Parnaíba

Nina Werg e Antônia Pessoa

Acontece dia 28/10/2010 em Parnaíba, cidade localizada a 318 quilômetros ao norte de Teresina, a solenidade de premiação da equipe do município que mais se destacou no Desafio Sebrae 2010.

O evento terá início às 09h00, no auditório do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, naquela cidade. No encontro, além da equipe, será premiado o professor ou coordenador de curso de faculdades ou universidades que mais inscreveu equipes para participar do jogo virtual.

Este ano, o Sebrae contou com os profissionais das instituições de ensino superior que, junto à equipe da instituição, impulsionaram os jovens universitários a aventurarem-se no mundo do empreendedorismo.

“A expectativa maior é que esta relação possa continuar e se fortalecer ainda mais. Os professores são os principais incentivadores de seus alunos. Isso foi bastante visível após a campanha de mobilização do Sebrae, no início do ano, quando foi feita a divulgação das inscrições para o Desafio.”, afirma a gestora do Projeto Atendimento Individual da Região do Litoral Piauiense, Isabela Carneiro.

O JOGO
O Desafio Sebrae é um jogo virtual que simula o dia-a-dia de uma empresa. Durante mais de seis meses, universitários de todo o país, organizados em equipes, testam sua capacidade de administrar um negócio, tomar decisões e trabalhar em conjunto.

O objetivo principal é disseminar a cultura empreendedora para os universitários que buscam caminhos para o começo de sua vida profissional. O jogo difunde conceitos de competitividade, ética e associativismo e desenvolve a capacidade gerencial em pequenos e médios negócios.

O Desafio é promovido pelo Sebrae em parceria com o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coppe/UFRJ.

Serviço:
Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae no Piauí: (86) 3216-1356
Agência Sebrae de Notícias Piauí: (86) 3216-1325

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sebrae abre caminho para brasileiros que querem sair da informalidade

O objetivo da campanha é aumentar o número de empreendedores formais. Com o CNPJ, os trabalhadores podem transformar seu negócio.

Os brasileiros com empresas na informalidade têm agora uma chance de regularizar essa situação. Esta semana, uma campanha do Sebrae quer aumentar o número de empreendedores formais.

Eles trabalham por conta própria, tudo sem registro. E estão na fila para sair da informalidade: “Dezoito anos na informalidade”, conta a empreendedora Dione Miranda de Melo.

O mutirão do Sebrae abre caminho para quem quer ser um empreendedor individual legalizado: qualquer pessoa que trabalhe por conta própria no comércio, indústria ou serviço e tenha um faturamento de até R$ 36 mil por ano. Basta o CPF e o endereço: o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) sai na hora. Quem consegue o cadastro tem uma chance muito grande de transformar o negócio.

A outra metade de uma garagem virou sala de modelagem, onde são cortados os tecidos. A empresária Elenilda Fialho de Mesquita mora em uma casa com o marido e mais três filhos. O que seria uma varanda também foi dividida ao meio, pra poder funcionar a sala de costura.

São seis máquinas e uma funcionária registrada. E são produzidas 50 peças todos os dias, o dobro do que Elenilda produzia há um ano, quando não tinha o CNPJ. Agora, ela recolhe imposto e INSS, R$ 62,10 por mês. Tem direito a aposentadoria, pode emitir nota fiscal e tem chance de crescer.

“Na informalidade, a gente sempre trabalha com um pouco de receio, com medo de fiscais. Hoje, eu tenho meu ponto de venda, abro minhas portas sem medo de fiscalização porque eu trabalho dentro da legalidade”, conta a empresária.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ciclo MPE.NET - 21 de outubro às 18h00 no auditório da ACP - Porto das Barcas


Parnaíba sediará no próximo dia 21 de outubro o Ciclo MPE.NET

O Ciclo MPE.NET é  um dos maiores eventos de capacitação sobre a Economia Digital do país. Com o objetivo de orientar as MPEs de todo o Brasil sobre as formas mais efetivas de participação para o universo do Comércio Eletrônico, o Ciclo MPE.net é realizado em diversas cidades brasileiras, recebendo um público médio de 300 empresários por evento.

Por meio de palestras ministradas pelas empresas líderes da Economia Digital em nosso país, são apresentados conceitos e ferramentas fundamentais para o sucesso do empreendedorismo na Internet. Assim, o evento discorre sobre temas relevantes como: Soluções de Pagamento Online, Logística, Segurança, Infraestrutura Tecnológica e Exportação.

Desta forma, o evento é uma ação com forte papel social para o crescimento e sedimentação da Economia Digital brasileira.

Confira a programação em Parnaíba/PI.

Local: Auditório da ACP - Porto das Barcas - Centro - Parnaíba/PI
Horário: 18h00 às 21h00



Infraestrutura necessária para seu Comércio Eletrônico
18h00 - Credenciamento e Welcome Coffee
18h45 - Abertura - camara-e.net/Sebrae/Correios
19h00 - Cruzamento de Negócios SEBRAE
19h30 - Gateway de pagamento – Cobre Bem
20h00 - Logística Global para o Comércio Eletrônico – Correios
20h30 - Gestão de riscos nas vendas com Cartão de Crédito -
21h00 - PERGUNTAS E ENCERRAMENTO



O Ciclo MPE.net é uma Iniciativa da camara-e.net, com o patrocínio dos Correios e do Sebrae, além do apoio institucional de vários associados da entidade. O evento encontra-se em sua sexta edição devido ao sucesso comprovado de suas ações, o que contribuiu para o aumento de parceiros e apoiadores.

Participe do Ciclo MPE.net!
É a hora de sua empresa aumentar sua participação na Economia Digital, para isso realize a sua inscrição.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sebrae lançou a Feira do Empreendedor no Piauí

Evento acontecerá de 03 a 07 de novembro em Teresina
Antônia Pessoa


Solenidade de lançamento da feira foi bastante prestigiada


Foi lançada na manhã de hoje (07), em Teresina, a Feira do Empreendedor 2010, evento que divulga oportunidades de negócios nos mais diversos setores da economia.



A solenidade, que aconteceu na sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, contou com as presenças do presidente do Conselho Deliberativo, Ulysses Moraes, e dos diretores técnico e superintendente da instituição, Mário Lacerda e Delano Rocha; do secretário estadual de Governo, Tadeu Maia; do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Teresina, Alexandre Magalhães; do superintendente do Banco do Brasil no Piauí, Carlos Decezaro; do presidente da Associação Industrial Piauiense, AIP, Ezequias Costa; do diretor presidente da Piauí Fomento, Sérgio Bruel; da vice-presidente da Associação de Jovens Empresários, AJE no Piauí, Martha Vasconcelos; do gerente regional da Caixa Econômica Federal no Piauí, Manoel Bandeira, demais autoridades, conselheiros do Sebrae, empresários, imprensa e convidados.

“A feira é grande vitrine do trabalho que o Sebrae realiza. É uma ferramenta de difusão da cultura empreendedora. A missão do Sebrae é dar apoio ao de desenvolvimento do Piauí e a feira é uma iniciativa nesse sentido”, disse o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Piauí, Ulysses Moraes.

A Feira do Empreendedor será realizada de 03 a 07 de novembro, no Atlantic City, na zona leste de Teresina, com horário de funcionamento das 17h00 às 22h00. A entrada para o evento é um quilo de alimento não-perecível. Os interessados devem fazer inscrição antecipada e gratuita através do site www.pi.sebrae.com.br.

“A Feira do Empreendedor é bianual e tem abrangência nacional, já que percorre todas as regiões brasileiras. A nossa expectativa é reunir vinte mil pessoas nos cinco dias de evento e movimentar cerca de R$ 1,5 milhões em negócios, além de capacitar mais de sete mil visitantes”, comentou o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Delano Rocha.

A programação da feira contará com vinte e seis palestras magnas e mais de cem cursos e oficinas de capacitação. Serão abordados assuntos como Marketing Pessoal, Formação Empreendedora, Varejo, Inovação, Finanças, Motivação, Tecnologia da Informação, além de apresentadas histórias de sucesso empreendedor. Todos os treinamentos e palestras serão gratuitos.

A feira será divida em setores como: Atendimento Empresarial, Salão de Oportunidades, Espaço de Políticas Públicas e Salões de Agronegócios, Comércio e Serviços, Indústria e de Educação e Tecnologia.

O evento divulgará oportunidades de negócios e ações do Sebrae voltadas para a cajucultura, ovinocaprinocultura, leite e derivados, fruticultura, apicultura, cachaça de alambique, piscicultura, avicultura, mandiocultura, floricultura tropical, artesanato, cultura, reparação de veículos, clínicas médicas, comércio varejista, turismo, gastronomia, moda, couro e similares, construção civil, gemas e jóias, metalúrgica e serralheria, orientação empresarial e políticas públicas.

A Feira do Empreendedor 2010 é uma realização do Sebrae no Piauí em parceria com o Sebrae Nacional, com o Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Este ano, o evento comemora dezesseis anos, com mais de oitenta edições realizadas em todo o país e cerca de 1,5 milhões de visitantes.

FEIRA DO EMPREENDEDOR 2010
De 03 a 07 de novembro, no Atlantic City
Horário de Funcionamento: 17h00 às 22h00
Entrada: 1 kg de alimento não-perecível
Inscrições: www.pi.sebrae.com.br

Serviço:
Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae no Piauí: (86) 3216-1356
Agência Sebrae de Notícias Piauí: (86) 3216-1325

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Lançamento da Feira do Empreendedor no Piauí - 7/10/2010

Feira do Empreendedor será lançada quinta-feira (07), em Teresina
Evento comemora dezesseis anos, com mais de oitenta edições realizadas em várias cidades brasileiras
Antônia Pessoa

Um evento que divulga oportunidades de negócios, promove o repasse de conhecimento e dissemina a cultura empreendedora. Assim é a Feira do Empreendedor, que será lançada quinta-feira (07), em Teresina. Pela quinta vez, a capital piauiense sediará o evento, que é uma ação itinerante que percorre todas as regiões do país.


A solenidade acontecerá no auditório do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, localizado no térreo do prédio da instituição em Teresina, na Av. Campos Sales, nº 1046, Centro.

“Esse é o maior evento realizado pelo Sebrae. A feira, que é bianual, percorre várias cidades brasileiras, divulgando oportunidades de negócios e de investimentos nos mais diversos setores da economia. O foco não é a exposição e comercialização de produtos e serviços, mas sim o fomento ao empreendedorismo. A intenção é criar um ambiente favorável para o surgimento, ampliação e diversificação de empresas de micro e pequeno portes”, explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Piauí, Ulysses Moraes.

A Feira do Empreendedor será realizada de 03 a 07 de novembro, no Atlantic City, na zona leste de Teresina, com horário de funcionamento das 17h00 às 22h00. A entrada para o evento é um quilo de alimento não-perecível. Os interessados devem fazer inscrição antecipada e gratuita através do site www.pi.sebrae.com.br. O link de acesso ao site da feira estará disponível a partir do lançamento do evento.

As inscrições também poderão ser efetuadas nos postos de atendimento, que devem funcionar em locais de grande circulação de pessoas como supermercados, bancos, livrarias, faculdades e shoppings.

“A cada edição, a Feira do Empreendedor se torna maior e melhor, proporcionando aos piauienses uma visão abrangente sobre o mundo dos negócios. É um evento projetado de acordo com a cultura e dinâmica econômica do Estado. A intenção é incentivar o surgimento de micro e pequenas empresas, de forma orientada, já que quanto mais informações o empreendedor tiver sobre a área em que atua ou que pretende iniciar um negócio, maiores são as chances de sobrevivência das empresas no mercado. Com isso, há também um crescimento na geração de emprego e renda”, declara o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Delano Rocha.

Segundo a organização do evento, são esperadas cerca de vinte mil pessoas no Atlantic City, durante os cinco dias de realização da Feira do Empreendedor. O local foi escolhido para sediar o evento por possuir bastante área verde, o que possibilitará aos visitantes o contato com a natureza, criando uma atmosfera agradável, além das facilidades de acesso e estacionamento.

A Feira do Empreendedor 2010 é uma realização do Sebrae no Piauí em parceria com o Sebrae Nacional e com Banco do Brasil. Este ano, o evento comemora dezesseis anos, com mais de oitenta edições realizadas em todo o país e cerca de 1,5 milhões de visitantes.

INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
Vinte e seis palestras magnas e mais de cem cursos e oficinas de capacitação serão promovidos durante a Feira do Empreendedor. Serão abordados assuntos como Marketing Pessoal, Formação Empreendedora, Varejo, Inovação, Finanças, Motivação, Tecnologia da Informação, Vendas, além de apresentadas histórias de sucesso empreendedor.

A estimativa da organização do evento é que cerca de três mil e quinhentas pessoas, entre empresários, empreendedores e estudantes, sejam capacitadas durante a Feira do Empreendedor, que funcionará numa área de dezesseis mil metros quadrados, tendo nove salas de treinamento e três auditórios, além de outros espaços, como Praça de Alimentação. Todos os treinamentos e palestras serão gratuitos.

SEGMENTOS DA FEIRA
O evento divulgará oportunidades de negócios e ações do Sebrae voltadas para a cajucultura, ovinocaprinocultura, leite e derivados, fruticultura, apicultura, cachaça de alambique, piscicultura, avicultura, mandiocultura, floricultura tropical, artesanato, cultura, reparação de veículos, clínicas médicas, comércio varejista, turismo, gastronomia, moda, couro e similares, construção civil, gemas e jóias e metalúrgica e serralheria.

“A feira terá também um espaço para atendimento aos visitantes, onde técnicos e consultores do Sebrae no Piauí vão esclarecer dúvidas dos empresários e empreendedores. Os interessados em obter informações sobre o Empreendedor Individual também serão atendidos nesse espaço. A expectativa é que cerca de duas mil pessoas busquem conhecer um pouco mais sobre EI, e pelo menos 20% delas se registrem durante a feira”, afirma a gestora da Feira do Empreendedor no Piauí, Marilda Melão.

Um Salão de Oportunidades também fará parte da estrutura da Feira do Empreendedor, sendo um espaço para franquias, oportunidades de negócios em venda porta-a-porta e fabricantes de pequenas máquinas.

A feira terá também o Espaço Municípios, com a previsão da participação das prefeituras finalistas do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor 2010 no Piauí: São João do Arraial, Jaicós, Cajazeiras do Piauí, Floriano, Teresina, Esperantina, Castelo do Piauí e Nossa Senhora de Nazaré. Nesse espaço também será prestado todo um serviço de orientação sobre parcerias que podem ser firmadas entre o Sebrae e as prefeituras municipais, e ainda sobre planejamento estratégico, regulamentação e implementação da Lei Geral, Empreendedor Individual, e elaboração de projetos.

“A Feira do Empreendedor é um espaço para troca de informação e conhecimento para instalação, melhoria da gestão ou ampliação de uma empresa. É um universo de oportunidades e novas idéias e um local propício para que as pessoas descubram como e onde devem investir. A partir da feira, negócios são criados e reinventados, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social das regiões onde acontece”, destaca o diretor técnico do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda.

FEIRA DO EMPREENDEDOR 2010
Lançamento: 07 de outubro de 2010
Horário: 08h00
Local: Sala de Reunião do Conselho do Sebrae no Piauí, no 4º andar do prédio da instituição em Teresina

Serviço:
Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae no Piauí: (86) 3216-1356
Agência Sebrae de Notícias Piauí: (86) 3216-1325

Copo Americano - Uma invenção brasileira

O copo do mundo
A paulistana Nadir Figueiredo celebra sua terceira troca de comando entre os membros da família com transparência, inovação e respeito à tradição centenária que fez de seus produtos um ícone global
Por Kátia Simões


No início de 2009, quando visitavam uma feira de utilidades domésticas na Alemanha, executivos da indústria Nadir Figueiredo foram surpreendidos com um pedido dos representantes do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA): um lote de copos americanos, considerados por eles um ícone da cultura brasileira.

Criado em 1947 e consagrado no país como o copo oficial da média na padaria e da cerveja gelada no boteco, o copo de design simples ganhou fama internacional. Integrou, ao lado de 75 outros produtos brasileiros, a exposição do Projeto Destination, que exibe e coloca à venda no Moma objetos de design de vários países. “Despachamos 40 caixas com 24 unidades cada uma. Vendeu tudo rapidinho a US$ 3 cada um, quase quatro vezes mais que o preço praticado no mercado nacional”, afirma Raul Antonio de Paula e Silva, 68 anos, terceira geração da família no comando da empresa e membro do conselho de administração.

Foi com o pedido do MoMA que a Nadir Figueiredo percebeu que tinha um produto de grande aceitação mundial. Só no Orkut são 14 comunidades, entre elas, ‘cerveja é no copo americano’, com 1.163 membros até junho passado. Segundo Ellen Kiss, coordenadora do curso de pós-graduação em design estratégico da ESPM-SP, o copo americano é um dos melhores exemplos de produtos que se tornaram tão ou mais fortes que a marca que os criou. “Trata-se de um copo simples, resistente, de baixo custo, que saiu da esfera pública e ganhou o museu justamente por ser único”, afirma Ellen.

Disposta a fazer com que as novas gerações associem a imagem da empresa ao copo, pela primeira vez em décadas de história, a Nadir Figueiredo criou um plano de marketing para aquele que responde por cerca de 25% de suas vendas. “Queremos nos reaproximar do consumidor final com a campanha nacional que tem o seguinte lema: Copo americano, no fundo você sabe que é Nadir”, diz Paulo Barros, gerente de marketing. Como parte da estratégia, desde janeiro deste ano os copos têm estampada no fundo a letra N, símbolo da marca.

Com mais de 100 milhões de unidades vendidas por ano no mundo, o copo americano, apesar do nome, é 100% brasileiro. Há 63 anos é o carro-chefe de uma das mais tradicionais indústrias paulistas, instalada no bairro da Vila Maria. Fundada em 1912, pelos irmãos Nadir e Morvan Dias de Figueiredo, a Nadir Figueiredo começou como uma oficina de máquinas de escrever. Um ano depois, virou fundição, e na década de 30 adotou o vidro como matéria-prima principal. É hoje a maior fabricante de utilidades domésticas de vidro do país, detém 60% do mercado de copos, segundo levantamento da Nielsen, tem 3.500 produtos em linha, mais de 3 mil clientes pelo Brasil e registrou um faturamento de R$ 400 milhões em 2009.

Foi sob o comando da segunda geração da família que a empresa iniciou sua expansão internacional. Era início da década de 80 e, para poder exportar, as empresas precisavam receber uma licença da Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil (Cacex). “Passei dois anos conhecendo os mercados e apresentando nossos copos”, lembra Silva. “Ganhei o divórcio, mas plantei a semente.” Segundo o empresário, foi por não ter medo de desafios que a empresa ganhou o mundo. “Naquela época, exportávamos US$ 500 mil por ano. A Cacex nos propôs chegar a US$ 4 milhões em 12 meses”, afirma Silva. “Em um ano, somamos US$ 2,5 milhões e, em dois anos, US$ 7 milhões.” As exportações alcançaram 127 países. Aos poucos, porém, a empresa foi apurando seus mercados até chegar aos cem destinos atuais, em cinco continentes.

Para afinar a logística, desde os anos 90 a Nadir Figueiredo mantém um centro de distribuição na Bélgica que atende à comunidade europeia. Em 2003, instalou-se na Argentina, também com uma distribuidora, e até o final de 2010 deve inaugurar mais uma central na Europa. No mercado interno, a empresa conta com a parceria da IDLogistics para administrar seus armazéns, num total de 70 mil m², com aplicação de modernos conceitos de controles organizacionais, como rastreamento dos lotes de produtos nos armazéns e na distribuição.

Sua empresa está pronta para virar uma franqueadora?

Nos últimos três anos, 630 empresas aderiram ao sistema de franquias. Confira os passos a seguir para uma expansão bem-sucedida
Por Mariana Iwakura
















Estrutura maior
Andressa e Vinicius Bertaglia, da Mentha Pimentha, montaram uma célula de trabalho com três funcionários para acompanhar as futuras franquias

Muitos empreendedores têm concretizado o sonho de ver sua marca espalhada por diversos pontos do país.

Como? Pelo sistema de franchising. Somente em 2009, 264 empresas tornaram-se franqueadoras, um crescimento de 19% no número de marcas no mercado, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Expandir o número de unidades com a ajuda do capital de terceiros, negociar melhores condições com fornecedores e, sobretudo, ter mais lucro, são os principais benefícios desse modelo de negócios.

Marcel Magalhães, 35 anos, diretor-presidente da rede paulistana de escolas de idiomas UNS, por exemplo, tem visto sua rentabilidade aumentar 0,5 ponto percentual a cada nova unidade. Magalhães ganha com a venda de material didático para franqueados e com a taxa de franquia, e consegue administrar 30 escolas franqueadas e quatro próprias sem aumentar sua estrutura. Mesmo assim, reinveste todo o lucro na modernização e expansão da rede. Afinal, lançar franquias é muito mais do que assinar contratos. Exige investimento em pesquisas de mercado, contratação de pessoas, confecção de manuais e acordos com fornecedores.

Demanda também que o empresário seja maleável, pois irá dividir o seu negócio com os franqueados. A revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios elencou a seguir nove perguntas para quem quer lançar franquias. Quanto maior for o número de respostas positivas, mais perto o empresário estará de alcançar esse sonho.

1. O NEGÓCIO FOI TESTADO E APROVADO?
Vender franquias pressupõe que a empresa seja uma ótima opção de investimento para o franqueado. As lojas próprias da rede costumam funcionar como vitrine. Por isso, antes de adotar esse modelo de negócios, é extremamente recomendável ter uma marca conhecida e um fluxo de caixa saudável. “O empreendimento deve ter sucesso e rentabilidade comprovados, além de potencial de crescimento”, afirma Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, que vende diversas franquias brasileiras. Caso seja preciso fazer alterações nas unidades, isso deverá acontecer antes de a empresa se lançar no mercado de franchising. Foi o que fez a Mentha Pimentha, rede paulistana de calçados femininos que começou a franquear no final de 2009. “Quisemos refrescar a imagem, então modificamos o projeto arquitetônico e a comunicação visual. Até o aroma e a música do ambiente ficaram diferentes”, diz o sócio Vinicius Bertaglia, 35 anos.

2. OUTROS MODOS DE EXPANSÃO FORAM AVALIADOS?
Crescer por meio do franchising não é a única forma de ter mais lojas ou distribuir o produto. Unidades próprias, multimarcas ou licenciadas, além de representantes comerciais, são alternativas que também precisam ser consideradas. “Negócios que vendem produtos artesanais, preparados no local, ou que exigem muita expertise têm dificuldade para ser replicados em franquias e mais sucesso com unidades próprias”, diz Filomena Garcia, da Franchise Store. Vale também verificar quais canais de venda costumam ser escolhidos pela concorrência. “É preciso ver se as outras empresas do ramo usam o franchising ou se tiveram experiências malsucedidas e por quê”, afirma Adir Ribeiro, sócio-diretor da consultoria de negócios Praxis Education.

3. O EMPRESÁRIO TEM AS CARACTERÍSTICAS INDICADAS PARA SER FRANQUEADOR?
Muito se diz sobre o perfil do franqueado, mas as características do franqueador também são determinantes para o sucesso da rede. O empreendedor que começa a franquear “ganha” um novo negócio para administrar, e com um detalhe importante: o franqueado não é empregado, é parceiro. “Isso exige que o dono esteja aberto a compartilhar o seu negócio com outros empresários”, afirma Patricia Vance, coordenadora do MBA de franquias do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-FIA). Ricardo José, 38 anos, sócio-fundador da rede de restaurantes Griletto, de Itu (SP), lançou franquias em 2008 e, desde a abertura da primeira, começou a ouvir seus donos. “Virei um ‘paizão’ para quando eles têm dificuldades. E eu gosto dessa relação.”

4. FOI FEITO UM ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA?
Operar com franquias faz sentido se há projeção de ganhos para franqueadora e franqueado. Por isso, as possibilidades de expansão, a demanda do mercado e o investimento devem ser levados em conta no estudo de viabilidade econômica e financeira. “A projeção dos resultados para a unidade de franquia é baseada nas operações que a franqueadora já tem, no potencial de consumo do mercado e na competitividade do produto”, afirma Claudia Bittencourt, diretora geral do Grupo Bittencourt. Além disso, deve-se calcular quantas unidades deverão ser vendidas para que a receita com royalties, taxa de franquia e venda de produtos pague as despesas, recupere o investimento inicial feito para franquear e, depois disso, comece a trazer lucro. “A empresa precisará de rendimento suficiente para bancar o início da operação. Ter entre cinco e dez unidades próprias dá esse suporte financeiro”, diz Ricardo Camargo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

5. A EXPANSÃO FOI PLANEJADA?
A estrutura da franqueadora tem de ser baseada na possibilidade de expansão da rede nas áreas visadas. “É preciso fazer uma avaliação demográfica, calculando o potencial de compra do público-alvo nesses lugares”, diz Adir Ribeiro, da Praxis Education. O franquea¬dor deve definir também qual será o percurso da expansão da rede, levando em conta a capacidade de monitorar essas localidades. “Às vezes, priorizar a capital não é a melhor estratégia, mas sim o crescimento em espiral, em torno de uma base no interior”, afirma Claudia Bittencourt, do Grupo Bittencourt. Outro passo é definir o perfil do franqueado — as características não devem ser tão específicas que seja quase impossível encontrar parceiros. “Muita especialização ou experiência no ramo diminuem a acessibilidade do franqueado”, diz Ribeiro.

6. EXISTE UM PLANEJAMENTO PARA O ABASTECIMENTO DAS UNIDADES?
O sucesso das unidades — e da rede — depende de um abastecimento confiável, mantendo a qualidade e a disponibilidade dos produtos, não importa em que lugar. Por isso, a empresa que quer crescer por meio de franquias precisa verificar como será a entrega dos produtos, credenciar fornecedores e fechar contratos. “Amarrar esses aspectos evita problemas”, diz a advogada especialista em varejo e franchising Melitha Novoa Prado. À medida que a rede aumenta, o franqueador pode negociar condições melhores com fornecedores. “O número de itens que eu comprava de distribuidores cresceu três vezes em um ano com a expansão da rede. Negociando um volume maior, eu consigo preços melhores, lançamentos e brindes exclusivos”, diz Marcos Khalil, 42 anos, sócio-fundador da rede paulistana UZ Games, de jogos para videogame.

7. HÁ UMA ESTRUTURA PARA ACOMPANHAMENTO DO FRANQUEADO?
A relação franqueador-franqueado não termina quando se assina o contrato de franquia. Pelo contrário: é aí que ela começa. O franqueador deve ao parceiro treinamento e suporte constantes, e, para isso, precisa montar uma estrutura física (que pode incluir salas de aula e uma unidade piloto) e uma equipe de consultores de campo. No Griletto, os novos franqueados fazem um treinamento teórico e têm aulas práticas. “Os funcionários de cada nova unidade — cerca de 20 pessoas — passam por um processo de aprendizado antes, em uma das nossas lojas”, diz o sócio-fundador da rede, Ricardo José. Para quem está iniciando o franqueamento, não é necessário ter uma equipe grande, mas sim um time apto a acompanhar as primeiras unidades. “Inchar a estrutura no começo é um erro. Não adianta colocar gente que não entende do negócio”, afirma Adir Ribeiro, da Praxis Education.

8. TODOS OS PADRÕES E OS PROCESSOS ESTÃO DEFINIDOS E REGISTRADOS?
Quem está à frente do próprio negócio sabe quais são os procedimentos e os padrões que contribuem para o sucesso da empresa. Repassar esse conteúdo para uma unidade franqueada, no entanto, requer organização e registro de todos os processos, como armazenamento de produtos e abordagem do cliente. As informações são reunidas no manual de franquia, que deve ser consultado sempre pelo franqueado. Conforme há mudanças na rotina das lojas, o manual é atualizado. “Quando começamos o projeto de expansão por franquias, vimos que não era só bater um contrato. Tivemos de registrar tudo, desde a temperatura do ar-condicionado até como preencher notas fiscais e fazer pedidos de produtos”, diz Marcos Khalil, da UZ Games. “Entendemos muito do nosso negócio, mas não costumamos colocar os detalhes no papel.”

9. O EMPRESÁRIO FEZ UM PLANEJAMENTO DE TODO O CAPITAL A SER INVESTIDO NA EXPANSÃO?
Fazer estudo de mercado, montar uma estrutura de acompanhamento para franqueados, iniciar um processo seletivo de candidato, confeccionar manuais: todos os passos para começar a franquear têm um custo, e isso deve ser provisionado pela empresa. “Calculo em no mínimo R$ 50 mil o investimento inicial com confecção de manuais, contratos e registro de marca”, afirma Ricardo Camargo, da ABF. No entanto, ao somar a essa conta serviços de consultoria e compra de pontos comerciais para futuros franqueados, o aporte pode ficar muito mais alto: o Griletto investiu R$ 1 milhão na expansão por franquias; a Mentha Pimentha, R$ 800 mil. “É preciso ter dinheiro para gastar, até que a receita de royalties e de taxa de franquia sustente a estrutura”, diz Filomena Garcia, da Franchise Store.

REGISTRO DA MARCA
Recomenda-se protocolar o registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Isso protege o seu negócio e assegura que a rede não irá usar uma marca que já é de outra empresa

CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA (COF)
O documento, que deve ser entregue ao candidato para análise, contém tudo o que o franqueador oferece e os deveres e os direitos do franqueado, incluindo os valores de investimento inicial e de taxa de franquia. A COF mostra o histórico da empresa, com balanços e informações financeiras dos últimos dois anos, além de pendências judiciais em que o negócio esteja envolvido

PRÉ-CONTRATO DE FRANQUIA
É um contrato preliminar e não obrigatório, que explicita o que é anterior à operação da franquia, como composição do estoque, instalação da loja e treinamento. É firmado no mínimo dez dias após a entrega da COF

CONTRATO DE FRANQUIA
Determina os termos da operação da unidade. Contém itens como o território do franqueado, os direitos e as obrigações das duas partes, o prazo do contrato e a possibilidade de renovação, os valores a serem pagos e o suporte oferecido pelo franqueador

FONTES: ABF E CONSULTORES


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