terça-feira, 3 de novembro de 2009

“Internet foi mais importante do que viagem à lua”

Peter Salus, principal historiador do mundo da tecnologia acredita que o principal passo dado pelo homem nas últimas décadas foi a rede mundial de computadores.


Quando o assunto é software livre, Peter Salus é referência mundial. Ele foi vice-presidente da Free Software Foundation e é autor de diversos livros sobre o tema, inclusive "A Quarter Century of UNIX". O historiador esteve no Brasil no mês de outubro para participar da 6ª Conferência Latino-americana de Software Livre - Latinoware 2009, realizada em Foz do Iguaçu e declarou que o ano de 1969 foi marcado por muitas coisas boas: o nascimento da internet, do sistema operacional Unix e do Linus Torvalds (criador do Linux).

Logo no começo da sua palestra na Latinoware, Salus apresentou três itens primordiais para o desenvolvimento humano: comunicação, computação e cooperação. Segundo ele, o principal passo dado pelo homem nas últimas décadas foi o investimento de "parcos" US$ 1 milhão por parte do governo norte-americano para a criação do projeto que seria o nascimento de uma pequena rede de computadores. “A ida do homem à Lua foi uma aventura efêmera, visto que não rendeu frutos grandiosos à humanidade”, comparou o estrangeiro.

O tema de sua palestra, é claro, foi o uso de softwares livres e sua relevância histórica. “O software livre hoje é uma realidade só possível em virtude da colaboração de milhares de pessoas dispostas”, declarou. Salus também relacionou os avanços tecnológicos à pressão exercida peloLinux sobre outros sistemas de gerenciamento e comparou a plataforma à Pelé.

"Comparo o feito do software livre aos seis gols marcados por Pelé em seis partidas de uma mesma Copa do Mundo. Sempre brilhante, o maior jogador da história só conseguiu o feito porque teve a ajuda dos seus colegas de equipe", afirmou o palestrante.

Ele concluiu a palestra com outra provocação ao lembrar que, anos atrás, 4 kybtes de memória custavam 12 mil dólares. Hoje, um pen drive de quatro gigbytes custa menos de 30 reais. “A evolução tem um ritmo frenético, por isso é imprudente fazer profecias. A minha bola de cristal é opaca", brincou.

A Latinoware 2009 reuniu cerca de 4 mil usuários das mais diversas linguagens, tecnologias, sistemas operacionais e outras correntes tecnológicas relacionadas ao software livre.

Fonte: http://br.hsmglobal.com/notas/55245-internet-foi-mais-importante-do-que-viagem-%C3%A0-lua?utm_source=301009_digital&utm_medium=301009_digital&utm_content=301009_digital_internet-foi-mais-importante-do-que-viagem-a-lua&utm_campaign=301009_digital

Redes sociais aquecem o e-commerce


O brasileiro adora a internet. De acordo com estudo divulgado em outubro pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), mais 64,8 milhões de pessoas estão conectadas no país. A popularização do acesso à internet e a facilidade na aquisição de computadores incluíram as classes C e D na rede e fomentaram ainda mais a inclusão digital.

Para os empreendedores, a boa notícia é que esses números também apontam para oportunidades de negócio na rede. Hoje o comércio eletrônico já é considerado a melhor possibilidade em termos de negócios no Brasil e projetado como o segmento comercial mais progressor, devido ao seu faturamento e seu crescimento a cada ano. Estimado para mais de R$ 10 bilhões, o faturamento esperado para 2009 supera expectativas de crise e se destaca em comparação a outros setores da economia.


E novas tendências continuam surgindo. Uma outra pesquisa recente, realizada pelo Nielsen Online, mostrou que 80% dos brasileiros gastam seu tempo de acesso na web para interagir em redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter. O país está entre os primeiros na lista de acesso à redes sociais em todo o mundo. E algumas empresas já estão investindo nesse filão para incrementar suas vendas. O objetivo é trazer esse conceito de rede social para os negócios online e vender pela internet de uma maneira diferente que interaja com o cliente e fuja do padrão atual de vitrine virtual.


O Comércio Social atua por meio da interação e diálogo direto com o cliente. Se a oferta for boa, a propaganda é espontânea e gratuita: os próprios consumidores se encarregam de divulgar a loja para sua rede de contatos. Para Conrado Adolpho, diretor da agência Publiweb Marketing Digital, o Comércio Social, é uma plataforma de comércio eletrônico que traz em sua gênese os conceitos de rede social, tendo como forte aliada a comunicação realizada na web 2.0.


"Com um bom planejamento, essa estratégia vai gerar um número crescente de vendas qualificadas, porque trabalha continuamente a fidelização e a formação de uma comunidade para a marca. Inicialmente é preciso gerar demanda, não há comunidade sem pessoas. Assim, a empresa deve realizar uma ação para não perder os usuários que já visitaram o site pela primeira vez", comenta Adolpho.


Quem possui uma loja virtual deve pensar em ações, portanto, para aproximar esse usuário das vendas. Podem ser promoções relâmpago, concursos culturais, fóruns. O importante é que os consumidores possam opinar, conversar e contribuir para facilitar a navegação e o prazer da compra.


Para o micro e pequeno empresário que visualize no e-commerce uma oportunidade real de negócio esse é um meio de diferenciação no mercado, pois a visão do consumidor também está mudando. Um depoimento positivo de um cliente está começando a ter mais peso na decisão de compra do que a grife do produto, por exemplo.


Da mesma forma, opiniões negativas se propagam muito mais depressa e podem gerar uma péssima publicidade para as marcas que não estejam atentas à divulgação de seu nome e produtos na internet. Portanto, quem deseja investir no comércio social deve procurar conhecer bem as ferramentas disponíveis e atuar com transparência junto ao consumidor.

HSM Online