Empresário carioca usa inovação para conquistar mercado e gerar empregos
Regina Mamede
Rio de Janeiro - Quem já não se irritou tentando abrir sachês de mostarda, ketchup ou maionese? Com linha serrilhada e tudo, o processo quase sempre é difícil, sem falar na possibilidade de se sair todo sujo da operação. Pensando nisso, Leopoldo Aquino Almeida criou um produto simples e eficiente. O corta-sachê é um pequeno objeto plástico de 1,5 cm de altura, com uma lâmina de aço inoxidável embutida, que pode ser adaptada a qualquer superfície e que ainda serve para abrir embalagens de outros produtos, que vão de biscoitos e batatas fritas a sabão em pó e ração.
Além da inventividade, o curioso desta história é que a ideia surgiu num momento complicado na vida do empreendedo, que estava desempregado e sem perspectivas. "Numa lanchonete, pensando no que fazer, me serviram o sanduíche, acompanhado do sachê já cortado. Isso me deu o estalo. Sou formado em administração, trabalhava como vendedor, mas resolvi investir na minha alma de inventor", conta.
Em 18 meses, as vendas da empresa, criada em julho de 2009, aumentaram de 2 mil unidades por mês para mais de 70 mil. O grande impulso veio com a conquista do prêmio de Melhor Invenção das Américas, na 25ª edição da Invents and New Products Exposition (Inpex). Ele foi o único brasileiro deste concurso, realizado em Pittsburgh (EUA), entre mais de 500 concorrentes.
As vendas são feitas apenas no atacado para restaurantes, lanchonetes e fabricantes de sachês. Por enquanto, o consumidor pode comprar só pelo site, mas Leopoldo avisa que está fechando contratos com lojas e supermercados para ampliar a comercialização.
Redes sociais
Leopoldo lembra que o começo não foi fácil. "Todo mundo gostava da ideia, mas na hora de colocar dinheiro, os investidores sumiam. Tive que contar com recursos da minha família para desenvolver o produto até encontrar um parceiro", lembra. O desemprego hoje é um fantasma distante na vida do empresário. Aos 40 anos, tem seu próprio negócio e emprega oito pessoas. A estrutura enxuta, além de viabilizar o negócio, foi pensada também por conta do ambiente virtual. O site de apresentação do produto, comércio eletrônico, perfil no Facebook e Twitter e vídeos no YouTube são ferramentas que ele incorporou ao negócio.
"Muitas vezes pensei em desistir. Mas sempre me lembrava do Empretec, desenvolvido pelo Sebrae. Neste curso, aprendi como poderia transformar um projeto em uma idéia concreta. Também descobri que tinha 80% das características de um empreendedor. Isso fez muita diferença", reforça.
Serviço:
Agência Sebrae de Notícias: (61) 3243-7851/ 3243-7852/ 8118-9821/ 9977-9529
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
Khort -; (21) 3970-1863 / 2221-0506
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