Antes de recorrer a uma linha de crédito, é preciso verificar as parcerias da rede com bancos e a necessidade de capital
Por Ricardo Bomeny*
“Eu e meu noivo estamos pensando em abrir uma franquia de produtos cosméticos. Nós não somos da área de comércio/administrativo nem de cosméticos, e gostaria de entrar nessa área pois me identifico com o negócio. Estou fazendo um curso a distancia do Sebrae (IPGN – Iniciando um Pequeno Grande Negócio) para tentar me ambientar mais com esta realidade.
Como não temos o capital ainda, estamos pensamos em solicitar um financiamento na Caixa ou no Banco do Brasil (tive informação de que esses dois bancos fazem análise para financiamento de franquias). Será que o financiamento é uma boa ideia, ou seria melhor primeiro termos o capital, para depois pensar em investi-lo no negócio? Além disso, será que uma loja de rua seria viável? O ideal seria investir em uma loja de shopping, mas acredito que não teremos este capital necessário.”
Evelyn
Cara Evelyn,
O capital é, sem dúvida, um item de extrema importância no momento de optar por um negócio próprio. O ideal é que o franqueado tenha parte do capital e complete o valor necessário com uma linha de crédito. Nesse caso, a primeira informação necessária é saber se a rede de franquias pretendida tem acordo com alguma instituição financeira. Algumas redes já têm convênio com os bancos, o que facilita muito o processo. Vários bancos oferecem linhas de crédito especiais para franquias bastante atrativas, porém exigem garantias. É preciso avaliar profundamente o capital a ser investido, o capital de giro, a necessidade de estoque e calcular o retorno previsto. Também é necessário levar em consideração o prazo de liberação e, para isso, o melhor a se fazer é consultar o próprio banco.
Sobre a viabilidade de uma loja de rua ou de shopping, a franqueadora poderá orientar a melhor alternativa, pois depende do tipo de negócio e dos hábitos da cidade, entre outras variáveis. Vale ressaltar que os custos do shopping são realmente mais altos do que de uma loja de rua, mas o que precisa ser analisado é também o fluxo de pessoas, ou seja, não é possível tomar essa decisão sem o auxilio do franqueador.
* Ricardo Bomeny é presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF)
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